Ah esse post sobre fotografia de gastronomia! Um post perigoso, não leia com fome. São 5 fatos sobre fotografia de gastronomia que te deixarão com água na boca, mas tem muito mais que 5, na verdade.
Começou… 5 fatos da fotografia de gastronomia:
1. Quando estou fotografando, as comidas têm aromas… huuuummm Já pensou, no meio do seu trabalho, aquele cheiro de bolo saindo do forno, ou uma torta salgada, ou um chocolate quente… huuuummmm Impossível resistir!
2. Algumas vezes, eu preciso dar umas mordidas nas produções. Outras são cortadas com faca, mas as mordidas são essenciais algumas vezes. 😉
3. Eu não tenho costume de usar materiais falsos. Calda de chocolate é mesmo calda de chocolate, queijo derretido é queijo derretido. Nada de usar cola, sorvete falso… só uns palitinhos para dar estrutura. É tudo real!
4. As comidas que são escolhidas para as fotografias, são sempre as mais bonitas, isso é fundamental… então, nossa boca se enche de água ao olhar AQUELE morango, AQUELA torta… e são realmente deliciosas.
5. Se a comida é quente, com certeza ela está quente na hora da foto… o que faz voltar ao itens número 1. Concorda?
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Curiosidade: fotografar quando se está grávida é a coisa mais água na boca que existe! Fotografaei uma charlotte quando eu estava grávida, lembro até hoje o tamanho da água na boca que tive.
Estamos às vésperas do 4° Workshop de Comida Fotogênica, um Workshop de Comida de Gastronomia, inscreva-se e melhore suas postagens!
Vai acontecer uma edição especial do Workshop de Comida Fotogênica, nos dias 13 e 14 de agosto, no atelier da Arquitetura da Mesa, em Curitiba.
Como funciona?
Serão duas tardes de muita prática, com muita luz natural, dicas e muitos clicks! No final do segundo dia também trabalharemos um pouco de edição das fotografias feitas durante o Workshop.
Para quem é o Workshop?
Para quem quer fotografar comida ou utensílios para cozinha/mesa, em casa ou na empresa, para fazer posts/stories em seguida, com seus produtos lindos e deliciosos. Para quem quer melhorar suas fotografias de alimentos e consequentemente ter mais engajamento.
O que levar?
Celular ou câmera, muita vontade de clicar e aprender. Pode levar também seus produtos, se já quiser fazer fotografias com eles e ter as dicas específicas para eles.
Qual o investimento?
O maior investimento é o tempo: duas tardes deliciosas. O investimento financeiro é de R$400,00, mas tem desconto para pagamento até dia 05 de agosto, R$360,00 apenas, que pode ser parcelado no cartão de crédito.
Corre! São apenas 6 vagas! A fotógrafa gosta de dar atenção a todos os participantes e produtos.
Clique AQUI e entre em contato para fazer sua inscrição. Seja bem-vindo!
Eu tenho uma história para te contar, por isso resolvi escrever esse post com as 7 razões porque as fotografias de arquitetura profissionais atraem melhores clientes.
A história…
Sou arquiteta de formação, por algum tempo eu trabalhei com arquitetura de interiores. Hoje sinto muito por não ter fotografado (com um profissional) meus projetos, uma parte da minha vida que tenho paixão e não registros.
E mesmo que eu continuasse a trabalhar com arquitetura, eu não teria esses registros passados. Mas com certeza teria começado a registrá-los ao longo da minha carreira, por perceber a importância dessas fotografias, seja como propaganda, seja como documento.
Segue então as 7 principais razões que vejo nitidamente no meu dia a dia, ao trabalhar com tantos profissionais na fotografia de arquitetura:
1. Sabe aquele arquiteto que você admira e segue no Instagram? As fotografias dele são de celular ou são profissionais? – Observe seus concorrentes e os feeds que você admira e faça melhor. Isso com certeza atrairá melhores clientes. – Os stop motins estão em alta? Faça também!
2. Depois de tanto trabalho, o projeto merece ser fotografado profissionalmente. O cliente se sentirá orgulhoso de ter seu espaço fotografado. Ele se sentirá muito importante e passará essa sensação para seus amigos – futuros clientes.
3. Mostrar um render e mostrar uma fotografia é totalmente diferente. O status de uma fotografia vai muito além de um modelo 3D. Os modelos 3D não servem de propaganda para futuros clientes, ele são demonstrativos de projetos para clientes que já o contrataram.
4.As fotografias profissionais registram os espaços com mais informações, com redução de ruído, com mais nitidez, HDR. Pode ser que essas palavras sejam muito técnicas, mas posso garantir que elas são bem visíveis nas fotografias feitas profissionalmente ou por uma câmera simples ou até celulares.
5. O registro fotográfico da evolução da execução do projeto, mostrando ao cliente o antes e depois, ou até a sua preocupação com a limpeza da obra, o cuidado com os espaços que estão sendo melhorados. Esse registro mostra como seu trabalho é valioso e a sua qualidade.
6. A produção ou ambientação do espaço, ao ser fotografado profissionalmente é muito mais atenciosa, deixando os espaços ainda mais atrativos. Inclusive, essa produção pode servir também como demonstração de mobiliário e utilidades do espaço, despertando desejos nos clientes em manter aquela produção, gerando vendas aos seus parceiros.
E a última razão, que não é uma razão para atrair melhores clientes, mas uma razão muito pessoal e, talvez, a mais importante:
7.Criar um banco de ótimas imagens com TODOS os projetos da sua vida. Criar uma linha de evolução, para que no futuro você veja o quanto foi produtivo, o quanto foi gratificante trabalhar com arquitetura, engenharia, interiores, design… e que você possa mostrar para o futuro como seu passado o ajudou a crescer!
O investimento fotográfico profissional é mínimo comparado aos ganhos que você terá com seus projetos, ao mostrá-los da melhor forma possível.
Estou aguardando seu contato para melhorarmos suas imagens profissionais e consequentemente alcançar melhores clientes.
Quem é visto é lembrado, certo? Mas quem é visto com fotografias profissionais de qualidade é lembrado com mais detalhes e mais desejos.
Ah, como é importante umas boas fotografias de fachada do seu estabelecimento!
O cliente vai procurar você e seus concorrentes pelo Google, onde você acha que ele escolherá ir: na loja que tem uma fotografia de fachada feia ou na loja que tem a melhor apresentação e fotografia?
Essa resposta é muito fácil: na sua, porque tem fotografias lindonas, com sua fachada, bem composta, perceptivelmente cheia de cuidado e no melhor ângulo.
As fotografias dos seus produtos estão ótimas, bem trabalhadas, bem recortadas, ambientadas. Seu site está lindo, com design perfeito. O cliente vai procurar sua localização no Google e encontra uma fotografia tremida, feita com celular, mostrando coisas que nem precisam estar ali…
Umas belas fotografias da sua fachada vão fazer o cliente sentir todo o respeito e cuidado que você tem por ele, e o cuidado que você tem com seus produtos. Acredite!
A fachada pode ser considerada a “primeira impressão” que o cliente tem com seu estabelecimento, é sua primeira identificação. Por isso devemos dar a ela a mesma atenção fotográfica que temos com os produtos.
Sempre indico para meus clientes, pelo menos uma fotografia externa, mostrando se tem estacionamento, se tem valet, como é seguro, como é fácil de chegar… e tudo o que é externo ao estabelecimento, que facilita a vida do cliente.
Pensando nisso, criei um pacote Externo+Interno, para seu estabelecimento ter um “rosto” nas redes sociais e ficar ainda mais lindão.
High Key e Low Key é uma forma de pensar a fotografia priorizando a alta luminosidade ou a baixa luminosidade. Isso depende muito do conceito do ambiente, na hora da concepção do projeto, pelo profissional. Nas fotografias, claramente, a luminosidade – ou falta dela – das imagens se traduz em emoção.
Na Casa Cor Paraná 2019, podemos ver essa dualidade e ambiguidade claramente nos dois Toilletes Funcionais pela designer de interiores Jane Rocha e pela arquiteta Suzane Simon.
High Key e Low Key tem características muito fáceis de serem lidas.
High Key:
Brilho e altas luzes predominam em tons de branco
Poucos pretos e meios tons
No histograma, o maior volume de tons está ao lado direito
É necessário um ambiente bem claro e luminoso, na concepção do projeto
Low Key:
A fotografia tem muitos tons escuros, pretos e sombras
Poucos brancos e meios tons
No histograma, o maior volume de tons está ao lado esquerdo
Necessário um ambiente bem escuro e com luminosidade planejada para obter sombras, na concepção do projeto
Jane Rocha e Suzane Simon conseguiram conceber muito bem esses dois toaletes, com as características arquitetônicas definidas e um projeto luminotécnico muito bem pensado, que foram definitivos para a boa execução das fotografias em high key e low key.
“Todo ser humano tem dentro de si características e sentimentos ambíguos, como o bem e o mal, a alegria e a tristeza, por exemplo. Então, decidimos levar isso para o espaço, até porque, em essência, um ambiente de toalete já tem dois lados opostos, o masculino e o feminino.” explicam as profissionais.
Quando eu entrei no toalete feminino, minha sensação foi de “UAU”! Achei de muito bom gosto e aquele lustre dourado que reflete a luz é divino!
Quando eu entrei no toalete masculino minha reação foi de “UAU, lindo demais, mas como vou fotografar um ambiente tão escuro?”
Por isso é importante entender as técnicas fotográficas para escolher o mais adequado para cada click.
Entre em contato para agendar uma experiência fotográfica para seus projetos!
O post de hoje é sobre construir um banco de imagens com seus produtos. Por que fazer o banco de imagens personalizado e não comprar imagens genéricas?
Essa é fácil: porque o cliente espera ver imagens lindas, ambientadas, com a identidadedaSUA MARCA, um banco de imagens exclusivamente seu. E porque os seus produtos – e seus clientes – são tão especiais que merecem esse cuidado.
Tudo o que faça com exclusividade para seus produtos é um engrandecimento da sua marca.
Então, como fazer esse banco de imagens?
No meu processo de trabalho fotográfico, para construir uma identidade junto aos seus produtos, estudamos juntos as melhores formas de mostrar seus produtos ao seu público. Se através de receitas, se através de espaços, se através de cores, ambientações… cada marca e cada produto com suas qualidades.
Eu trabalho com processos de 3 a 12 meses de construção de banco de imagens personalizado, dependendo do produto ou do serviço oferecido e a quantidade de postagens que será feita ao longo do tempo.
São sessões mensais, que envolvem temas, produções, pesquisa, planejamento e execução.
É muito importante ter uma frequência e uma consistência ao fazer as fotografias que serão armazenadas para o banco de imagens. É importante pensar no que cada imagem diz sobre o produto e como isso se encaixa nas suas publicações.
É um trabalho muito legal! Cada cliente com sua imagem de marca, com seus processos únicos e suas concepções. As fotografias adequadas aos seus produtos terão mais engajamento, maior visibilidade da marca e consequentemente melhores vendas.
Você já pensou em ter um estudo fotográfico exclusivo para sua marca?
Com as fotografias que falam sobre o seu produto, e não as fotografias genéricas de banco de imagens, você se aproxima do consumidor.
A fotografia de arquitetura noturna mostra elementos diferentes da fotografia de arquitetura diurna. Você concorda?
Há obras arquitetônicas que ficam evidenciadas quando a noite chega. Alguns elementos podem sobressair na luz do dia, outros, quando bem iluminados, à noite.
É importante ouvir o profissional que concebeu o projeto, para pensar qual a melhor opção na hora de fotografar seus espaços e suas obras.
O uso dos espaços também deve ser observado.
A fotografia de arquitetura noturna deve ser feita com maior cuidado que a fotografia à luz do dia. Ela é extremamente técnica, com uso adequado de equipamentos e ajustes corretos da câmera.
Por que procurar um bom profissional para fotografar arquitetura à noite?
Para a fotografia ter a qualidade técnica essencial para mostrar todas as características dos seus projetos, que foram tão bem pensados e tão bem executados.
Os dois maiores erros da fotografia de arquitetura noturna são: imagem tremida e pixels aparecendo. Características essas que são resolvidas com técnicas de fotografia.
Um bom fotógrafo de arquitetura fará com que seu projeto seja registrado da melhor forma: estudará a(s) melhor(es) hora(s) para fotografar, fará os clicks com os equipamentos adequados e fará o tratamento e pós-produção corretos para seus trabalhos.
Por fim, você poderá divulgar seu trabalho com melhor qualidade. Isso faz seu trabalho ter maior engajamento na divulgação de seus projetos, consequentemente, mais e melhores clientes.
Entre em contato comigo para me contar um pouquinho do seu trabalho e decidirmos juntos quais os melhores momentos para registrá-lo.
Há um ditado que diz que “comemos com os olhos”. Vitrines bonitas, coloridas, com aqueles doces lindos e suculentos chamam a nossa atenção. E mesmo sem fome, bate aquela vontade louca de comer tudo que está exposto naquele balcão de vidro, quase ao nosso alcance.
Nas loucuras do dia a dia, na nossa correria diária e na onda do virtual, deixamos de olhar as vitrines para encararmos as fotos digitais, que nos fazem passar mais vontade do que sede no deserto!
A fotografia de comida é hoje, dentro das redes sociais, as vitrines maravilhosas que nos fazem salivar com os olhos, cobiçar a comida alheia e sair de casa para provar aquele doce, salgado ou mesmo drink que apareceu na nossa timeline. Bom, eu sou assim. E você? Já saiu de casa para comer alguma coisa, só porque apareceu na tela do seu celular?
A fotografia de comida não apenas incentiva você a querer comer, ela faz parte da estratégia de quem está do outro lado. Ou seja, de quem a produziu, tornando-a uma ferramenta importantíssima de venda ou, para falar bonito, de marketing.
Quem não é visto, não é lembrado. Talvez o ditado mais “aplicável” ao mundo virtual! Com isso, boas fotos de comida são importantíssimas para quem trabalha com gastronomia, produz comida, tem um estabelecimento ou mesmo vende produtos sazonais.
O Instagram da Cozinha da Rê começou em Novembro de 2014, e depois de mais de 1140 publicações, muita coisa mudou. Tanto nos algoritmos da plataforma como na maneira de retratar minhas produções diárias e produtos de vendas.
Para vender os Bolinhos de Natal, entendi que seria necessário a contratação de um profissional para produzir fotos mais chamativas, vendáveis, digamos assim. E a cada ano, é necessário inovar e se adaptar aos novos hábitos das redes sociais. Por isso, a Bia produziu um lindo stop motion com o meu bolinho e a delicadeza da embalagem. O resultado fez toda a diferença na hora de apresentar o produto e “vender” pelas mídias sociais.
O Workshop de Comida Fotogênica que produzimos juntas tem esse objetivo. A ideia não é transformar o público alvo em grandes profissionais da fotografia. Mas que estas pessoas, em sua grande maioria, pequenos empreendedores, percebam a diferença que uma boa fotografia traz para a exposição do seu produto. De novo, a vitrine tem que chamar a atenção precisa.
Faz todo o sentido mudarmos o nosso olhar em relação ao que produzimos. Se vendemos como algo bom e gostoso, como brownies e cookies, tem que arrumar a vitrine. E a nossa vitrine hoje, são as redes sociais. Uma bela fotografia diz mais do que mil palavras. Ela vende!
Fotografar neon não é moleza. A fotografia do neon, na fotografia de arquitetura, precisa ser muito bem planejada para um bom resultado.
Uma das minhas lojas preferidas de produtos naturais, em Curitiba, é a Bem Integral Consumo Consciente. Lá eu fui desafiada a fotografar um neon novinho, cheio de luz verde.
Aquela luz invade a cena, vaza verde para todos os lados, é linda, mas precisa de técnica para ser solucionada.
As técnicas são concebidas desde os cliques até a hora do tratamento. Aliás, neste caso, é imprescindível o tratamento bem feito. Minha equipe de tratamento também foi desafiada pelo neon verde.
Fiz 6 cliques para cada fotografia finalizada. Para conseguir o resultado da “leitura” do neon.
Sempre uso a máxima: “Fotografar é um exercício de paciência”. Sabe por que? Porque fotografar deve ser feito sem pressa, com cuidado, com dedicação. E extendo essa frase para o tratamento também, que deve ser feito minuciosamente, com bastante atenção.
A correria não acompanha a minha fotografia. Apesar de sempre gostar de entregar as fotografias antes dos prazos, aprecio muito a calma na hora dos cliques.
Quer ver o resultado do neon?
Aqui está.
Gostou do resultado? Tem um lugar bem lindo, com neon para fotografar? Me chama! Vou adorar mais desafios!
Entre em contato para conversarmos e planejarmos a melhor forma de fotografar seu espaço!
Tenho mais fotografias deste espaço lindo, cheio de cuidado. Mas isso é assunto para outro post, que já está sendo escrito com muito carinho para você.
O chá tem tamanha complexidade, tantas possibilidades e é tão cheio de graça que pedi para minha amiga, sommelière de chá, Ana Cláudia Spengler, para falar um pouco sobre essa delicada e saborosa bebida.
“O açúcar, o café, o chá, o chocolate, as bebidas alcoólicas e todas as misturas resultantes fizeram da boa mesa um todo mais variado, do qual o vinho tornou-se um acessório mais ou menos indispensável; pois o chá pode perfeitamente substituir o vinho no desjejum.”
Adoro este pequeno trecho de A Fisiologia do Gosto, de Brillat-Savarin! Em primeiro lugar porque gosto de pensar a “boa mesa” de forma abrangente, como uma imensa gama de sensações e prazeres que podemos desfrutar quando não nos prendemos a hábitos ou preconceitos. Num mundo onde muitos ainda teimam em se dividir em grupos – amantes do café vs. amantes do chá, apreciadores de cerveja vs. enófilos – muito me agrada um apreciador que se permite experimentar, sem segregações, enfim, um apreciador dos prazeres da mesa, das “misturas resultantes”.
Mas meu interesse nessa passagem específica (entre tantas pérolas deste livro) é pelo trecho ao final, quando ele diz que o chá pode muito bem substituir o vinho numa refeição. Não poderia deixar de achar graça no inusitado de se tomar, corriqueiramente, vinho no café da manhã, mas não foi isso o que mais me chamou a atenção, e, sim, o paralelo entre o chá e o vinho.
Mas meu interesse nessa passagem específica (entre tantas pérolas deste livro) é pelo trecho ao final, quando ele diz que o chá pode muito bem substituir o vinho numa refeição. Não poderia deixar de achar graça no inusitado de se tomar, corriqueiramente, vinho no café da manhã, mas não foi isso o que mais me chamou a atenção, e, sim, o paralelo entre o chá e o vinho.
Aprecio o chá há muitos anos e meu interesse vai além do sabor e do ritual. Muito do meu lazer na última década foi dedicado à pesquisas sobre o chá, busca por marcas e fornecedores e, é claro, muita degustação. O que era uma brincadeira virou parte da minha realidade profissional e a brincadeira ficou séria!
O prazer que o chá proporciona foi ampliado pelas companhias em torno dele, pelas experiências de harmonização e pelas receitas em que o chá entrou na lista de ingredientes… cada experiência traz um novo horizonte. Mas… o que isso tem a ver com o Brillat-Savarin?
Acontece que, outro dia, numa passada de olhos pelo livro (que não sai da minha cabeceira) li novamente este trecho, que despertou um lindo paralelo entre o chá e o vinho – que já era claro pra mim, mas tive o prazer de reconhecê-lo aqui, num texto com mais de 200 anos.
O chá tem tamanha complexidade, tantas possibilidades de processamento, tantos métodos de extração que aumentam ainda mais a gama sensorial, tão rico quando harmonizado com pratos e outras bebidas, que não poderia estar num patamar inferior ao vinho. E, ao meu ver, ainda em vantagem, por ser uma bebida não-alcoólica e assim poder proporcionar o prazer gastronômico a qualquer conviva, independente da idade, condição de saúde, ou mesmo religião. Foi isso que vi, somente agora, no texto do livro. Vou além: penso que o chá pode, perfeitamente, substituir o vinho em qualquer refeição, sem diminuir as possibilidades de prazer que a boa mesa pode nos oferecer!