Há um ditado que diz que “comemos com os olhos”. Vitrines bonitas, coloridas, com aqueles doces lindos e suculentos chamam a nossa atenção. E mesmo sem fome, bate aquela vontade louca de comer tudo que está exposto naquele balcão de vidro, quase ao nosso alcance.
Texto de Renata Vidal, do blog Cozinha da Rê
Nas loucuras do dia a dia, na nossa correria diária e na onda do virtual, deixamos de olhar as vitrines para encararmos as fotos digitais, que nos fazem passar mais vontade do que sede no deserto!
A fotografia de comida é hoje, dentro das redes sociais, as vitrines maravilhosas que nos fazem salivar com os olhos, cobiçar a comida alheia e sair de casa para provar aquele doce, salgado ou mesmo drink que apareceu na nossa timeline. Bom, eu sou assim. E você? Já saiu de casa para comer alguma coisa, só porque apareceu na tela do seu celular?
A fotografia de comida não apenas incentiva você a querer comer, ela faz parte da estratégia de quem está do outro lado. Ou seja, de quem a produziu, tornando-a uma ferramenta importantíssima de venda ou, para falar bonito, de marketing.
Quem não é visto, não é lembrado. Talvez o ditado mais “aplicável” ao mundo virtual! Com isso, boas fotos de comida são importantíssimas para quem trabalha com gastronomia, produz comida, tem um estabelecimento ou mesmo vende produtos sazonais.
O Instagram da Cozinha da Rê começou em Novembro de 2014, e depois de mais de 1140 publicações, muita coisa mudou. Tanto nos algoritmos da plataforma como na maneira de retratar minhas produções diárias e produtos de vendas.
Para vender os Bolinhos de Natal, entendi que seria necessário a contratação de um profissional para produzir fotos mais chamativas, vendáveis, digamos assim. E a cada ano, é necessário inovar e se adaptar aos novos hábitos das redes sociais. Por isso, a Bia produziu um lindo stop motion com o meu bolinho e a delicadeza da embalagem. O resultado fez toda a diferença na hora de apresentar o produto e “vender” pelas mídias sociais.
O Workshop de Comida Fotogênica que produzimos juntas tem esse objetivo. A ideia não é transformar o público alvo em grandes profissionais da fotografia. Mas que estas pessoas, em sua grande maioria, pequenos empreendedores, percebam a diferença que uma boa fotografia traz para a exposição do seu produto. De novo, a vitrine tem que chamar a atenção precisa.
Faz todo o sentido mudarmos o nosso olhar em relação ao que produzimos. Se vendemos como algo bom e gostoso, como brownies e cookies, tem que arrumar a vitrine. E a nossa vitrine hoje, são as redes sociais. Uma bela fotografia diz mais do que mil palavras. Ela vende!